Saiba o que mudou na Lei da Gestante

 sexta, 11 de março 2022

Saiba o que mudou na Lei da Gestante

Estamos encaminhando, Lei no 14.311/2022, publicado no DOU 10.03.2022, que “Altera a Lei no 14.151, de 12 de maio de 2021, para disciplinar o afastamento da empregada gestante, inclusive a doméstica, não imunizada contra o coronavírus SARS-Cov-12 das atividades de trabalho presencial quanto a atividade laboral por ela exercida for incompatível com a sua realização em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância, nos termos em que especifica.”.

Atividade Presencial

Salvo se o empregador optar por manter o teletrabalho, a atividade presencial da empregada gestante deve ser retomada:

- Após a vacinação completa, conforme Ministério da Saúde; e

- Com a assinatura do Termo de Responsabilidade e Livre Consentimento para o exercício do trabalho presencial, quando da opção pela não vacinação, comprometendo-se a cumprir as medidas preventivas adotadas pelo empregador.

- Com o encerramento do estado de emergência.

Importante, a opção pela vacinação não poderá ser imposta, sendo vedada qualquer restrição de direitos em razão desta escolha.

Atividade em Domicílio

Enquanto não houver a imunização completa da empregada gestante, permanece a obrigatoriedade de afastamento das atividades presenciais e disponibilidade para exercício das funções em domicílio, na modalidade de trabalho à distância, sem prejuízo da remuneração.

É permitido ao empregador alterar as funções da empregada, independentemente de consentimento, durante o trabalho em domicílio, respeitadas as condições pessoais da gestante, garantidas a remuneração integral e retomada à função anterior no retorno ao trabalho presencial.

Dispositivo Vetado

O Projeto de Lei n° 2.058/2021, que deu origem a Lei n° 14.311/2022, tinha como proposta garantir, à empregada gestante com vacinação incompleta, o direito ao salário maternidade quando o exercício da atividade fosse incompatível com o trabalho à distância e não estivessem presentes as demais condições que determinassem o retorno ao trabalho presencial. Entretanto, o direito ao salário maternidade foi vetado na publicação da norma.

 Fonte: O Globo