Produção de açúcar e etanol caiu na safra 2021/22, confirma Unica
quarta, 13 de abril 2022
As usinas do Centro-Sul do Brasil moeram 523,1 milhões de toneladas de cana na safra 2021/22, encerrada em 31 de março, informou nesta terça-feira a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O volume foi 13,6% menor que em 2020/21.
Em nota, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, realçou que a queda foi puxada por São Paulo, que lidera a atividade no país e onde o processamento foi 16,5% menor - 1,4% por causa da redução da área colhida e 15,1% em razão da queda de produtividade.
Rodrigues acrescentou que “essa redução na produtividade é consequência do veranico prolongado nas regiões produtoras, das geadas que atingiram mais de 10% da área de colheita e dos focos de incêndio no mês de setembro”.
A produção acumulada de etanol em 2021/22 no Centro-Sul atingiu 27,55 bilhões de litros, com queda de 9,31% na comparação com o ciclo anterior. Desse total, 10,91 bilhões de litros foram de etanol anidro (+12,57%) e 16,64 bilhões de litros de etanol hidratado (-19,55%).
A parcela do produto fabricada a partir do milho totalizou 3,47 bilhões de litros, com avanço de 34,33% em relação à safra 2020/21. Se considerada apenas a produção de etanol de cana-de-açúcar, a redução foi de 13,36%.
Quanto à produção de açúcar, a safra 2021/22 fechou com 32,1 milhões de toneladas, queda de 16,6%.
Usinas em operação
Conforme a Unica, a segunda metade de março contou com 25 unidades produtoras em operação, sendo 16 usinas de cana-de-açúcar e nove empresas que produzem etanol a partir do milho. No mesmo período da safra 2020/21, havia 37 unidades industrial processando cana-de-açúcar e dez fabricando etanol de milho.
Rodrigues disse que “o menor número de unidades na segunda quinzena de março e na primeira de abril é consequência dos eventos adversos da safra 2021/22, que têm levado as unidades à atrasarem o início da colheita com a expectativa da melhora da produtividade agrícola e qualidade da matéria-prima”.
Vendas
As vendas de açúcar no mercado interno alcançaram 8,42 milhões de toneladas, uma redução de 4,3% ante o volume da safra 2020/21. O volume destinado ao mercado externo atingiu 23,6 milhões de toneladas, com baixa de 18,4%. Ao todo, foram comercializados 32,05 milhões de toneladas de produto (-15,1%).
Já as vendas de etanol alcançaram 27,5 bilhões de litros no ano-safra, com queda de 10,7%, considerando tanto volumes destinados à exportação quanto para consumo em mercado interno.
A comercialização de etanol anidro totalizou 10,90 milhões de litros (+8,4%), enquanto a de hidratado chegou a 16,63 milhões de litros (-19,9%). No caso do etanol hidratado, foram 1,02 bilhão de litros para exportação (-34,84%); no do anidro, 616,05 milhões de litros (-45,83%) - no total, portanto, a queda foi de 39,5%, para 1,63 bilhão de litros.
No mercado interno, as vendas de hidratado alcançaram 15,62 bilhões de litros na safra 2021/22, com redução de 18,7%. A comercialização de anidro cresceu 15,34%, para 10,28 bilhões de litros. Para ler esta notícia, clique aqui.
Fonte: Valor Econômico
As usinas do Centro-Sul do Brasil moeram 523,1 milhões de toneladas de cana na safra 2021/22, encerrada em 31 de março, informou nesta terça-feira a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O volume foi 13,6% menor que em 2020/21.
Em nota, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, realçou que a queda foi puxada por São Paulo, que lidera a atividade no país e onde o processamento foi 16,5% menor - 1,4% por causa da redução da área colhida e 15,1% em razão da queda de produtividade.
Rodrigues acrescentou que “essa redução na produtividade é consequência do veranico prolongado nas regiões produtoras, das geadas que atingiram mais de 10% da área de colheita e dos focos de incêndio no mês de setembro”.
A produção acumulada de etanol em 2021/22 no Centro-Sul atingiu 27,55 bilhões de litros, com queda de 9,31% na comparação com o ciclo anterior. Desse total, 10,91 bilhões de litros foram de etanol anidro (+12,57%) e 16,64 bilhões de litros de etanol hidratado (-19,55%).
A parcela do produto fabricada a partir do milho totalizou 3,47 bilhões de litros, com avanço de 34,33% em relação à safra 2020/21. Se considerada apenas a produção de etanol de cana-de-açúcar, a redução foi de 13,36%.
Quanto à produção de açúcar, a safra 2021/22 fechou com 32,1 milhões de toneladas, queda de 16,6%.
Usinas em operação
Conforme a Unica, a segunda metade de março contou com 25 unidades produtoras em operação, sendo 16 usinas de cana-de-açúcar e nove empresas que produzem etanol a partir do milho. No mesmo período da safra 2020/21, havia 37 unidades industrial processando cana-de-açúcar e dez fabricando etanol de milho.
Rodrigues disse que “o menor número de unidades na segunda quinzena de março e na primeira de abril é consequência dos eventos adversos da safra 2021/22, que têm levado as unidades à atrasarem o início da colheita com a expectativa da melhora da produtividade agrícola e qualidade da matéria-prima”.
Vendas
As vendas de açúcar no mercado interno alcançaram 8,42 milhões de toneladas, uma redução de 4,3% ante o volume da safra 2020/21. O volume destinado ao mercado externo atingiu 23,6 milhões de toneladas, com baixa de 18,4%. Ao todo, foram comercializados 32,05 milhões de toneladas de produto (-15,1%).
Já as vendas de etanol alcançaram 27,5 bilhões de litros no ano-safra, com queda de 10,7%, considerando tanto volumes destinados à exportação quanto para consumo em mercado interno.
A comercialização de etanol anidro totalizou 10,90 milhões de litros (+8,4%), enquanto a de hidratado chegou a 16,63 milhões de litros (-19,9%). No caso do etanol hidratado, foram 1,02 bilhão de litros para exportação (-34,84%); no do anidro, 616,05 milhões de litros (-45,83%) - no total, portanto, a queda foi de 39,5%, para 1,63 bilhão de litros.
No mercado interno, as vendas de hidratado alcançaram 15,62 bilhões de litros na safra 2021/22, com redução de 18,7%. A comercialização de anidro cresceu 15,34%, para 10,28 bilhões de litros. Para ler esta notícia, clique aqui.
