Preço dos combustíveis pode registrar nova queda, dizem especialistas

 segunda, 15 de agosto 2022

Preço dos combustíveis pode registrar nova queda, dizem especialistas

Após quedas recentes, os preços dos combustíveis devem cair ainda mais. O valor do barril de petróleo sofreu uma diminuição de 1,5% na sexta-feira, 12, e o valor do dólar, cada vez mais perto de R$ 5 causam otimismo nos especialistas. Fontes da Jovem Pan trabalham com a perspectiva de uma nova redução nos próximos dias por causa do comportamento favorável das variáveis. O barril do tipo brent fechou a sexta-feira em US$ 98,15, uma boa notícia. Além disso, o dólar, frente ao real, segue caindo. Se esse cenário permanecer, a tendência é que aconteça uma nova queda no preço dos combustíveis. O diesel caiu nas últimas duas semanas. Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues, a Petrobras está sendo cautelosa com reduções homeopáticas porque há muitas incertezas no mercado internacional. O mercado de diesel ainda está muito volátil no mundo, principalmente em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia e o possível corte de fornecimento de gás natural para a Europa no inverno que se avizinha. Movimentos ainda podem acontecer para que novas diminuições ou aumentos possam acontecer. Neste momento, a Petrobras tem seguido a paridade de preço em importação, e como o preço no Brasil estava com uma defasagem de 23% mais alto que no mercado internacional, a Petrobras tinha espaço para diminuir”, diz Pedro.

O economista Aurélio Valporto, da Abradin, acha que a Petrobras está sendo bastante moderada, conservadora e cautelosa na formação dos preços internos. Inclusive, sendo contrário à política de paridade, dizendo que, sem ela, o preço do diesel e gasolina seriam mais baratos. “A política de preços dotadas pela Petrobras é extremamente danosa para a economia nacional. Mas a redução anunciada hoje pela Petrobras demonstra que sequer a PPI a empresa segue quando se trata de redução dos preços. Se levarmos em consideração a variação do preço do petróleo e da taxa cambial, a variação deveria ser de 15%”, disse Aurélio. Na próxima semana, a Petrobras deverá escolher seu próximo conselho de administração. Essa será uma tentativa do governo de mudar a política de paridade de preços, que desagrada o Palácio do Planalto.

Fonte: Jovem Pan