Petrobras inicia adoção de 5G em plataformas

 quarta, 24 de agosto 2022

Petrobras inicia adoção de 5G em plataformas

A Petrobras vai adotar o acesso a redes 5G, a partir do fim do ano, em 29 plataformas de produção próprias, nas bacias de Campos e Santos, e em 17 unidades em terra, entre refinarias, unidades de tratamento de gás e portos.
O projeto envolve a ampliação de uma rede 4G privativa -- estrutura dedicada à operação da empresa -, em parceria com a Vivo, marca da Telefônica, desde 2021, que prevê a ativação gradual do 5G ao longo de 2023, informa Maximilliam Nunes Starling Vieira, consultor sênior de conectividade da Petrobras.
Ainda este ano, a Petrobras prevê ativar a nova geração das redes de telefonia móvel em 4 unidades em terra e em 13 plataformas marítimas.

Segundo Vieira, a melhora da eficiência operacional e a redução de riscos são os principais objetivos da empresa com a implantação do 5G. “Quando fazemos um investimento desse tipo, o objetivo principal é aumentar a eficiência operacional e a segurança dos funcionários”, afirma o especialista, em entrevista ao Valor. O montante investido no projeto não foi informado pela empresa.
“A chegada do 5G em uma rede privativa suporta uma quantidade enorme de sensores de internet das coisas (IoT), que vão gerar quantidade de dados absurda”, diz o consultor de conectividade que integra uma equipe interna de 100 pessoas dedicadas ao projeto do 5G na Petrobras.
Ele cita como exemplo o monitoramento contínuo de bombas e motores que viabilizam a produção de óleo e gás em plataformas. “Isso permite que a gente atue de maneira preditiva em manutenções antes que ocorram falhas, o que evita que equipamentos parem e afetem a produção”, explica Vieira.
O acesso mais veloz a dados também será aplicado na segurança dos funcionários em campo, como parte de um programa de mobilidade operacional da Petrobras. “Conseguimos ver o que os funcionários estão vendo, monitorar sinais vitais e manter a comunicação, em tempo real, entre uma plataforma e uma sala de controle, ou um COI centros de operações inte
O 5G também deve acelerar o uso de robôs e drones para a inspeção de torres e outras áreas elevadas, em plataformas de produção de óleo e gás da empresa, fazendo checagens minuciosas em estruturas altas que podem apresentar corrosão, por exemplo.
Vieira conta que a Petrobras já tem utilizado drones para a supervisão de algumas instalações, com redes 4G, reduzindo a exposição de funcionários em áreas de risco.
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