Importadores criticam defasagem nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras

 segunda, 05 de julho 2021

Importadores criticam defasagem nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras

defasagem média entre os preços praticados pela Petrobras para o diesel e a gasolina em suas refinarias em relação ao preço de paridade de importação (PPI) está inviabilizando operações de importação, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).

Nos cálculos da Abicom, atualmente, o diesel tem uma defasagem média de R$ 0,16 por litro em relação aos preços internacionais, ou seja, está 6% abaixo dos preços de importação. A defasagem varia de R$ 0,18 a R$ 0,13 por litro, dependendo do ponto de venda.

De acordo com a associação, o combustível já acumula alta de R$ 0,10 nos preços internacionais desde a data do último reajuste feito pela Petrobras, em 1º de maio, quando os preços foram reduzidos em 2%. Desde então, o litro do diesel vem sendo negociado pela Petrobras a R$ 2,71 em média.

Já a gasolina tem uma defasagem média de R$ 0,30, variando entre R$ 0,33 a R$ 0,28 por litro, dependendo do porto de operação. Com isso, os preços no mercado nacional estão, em média, 11% abaixo dos praticados no mercado internacional. De acordo com a Abicom, essa é a maior defasagem média desde janeiro.

A associação calcula que a gasolina teve uma alta R$ 0,15 desde o dia 12 de junho, quando ocorreu o reajuste mais recente nos preços nacionais. Na ocasião, a Petrobras optou por reduzir em 1,9% o preço do litro do combustível, ou R$ 0,05, e, com isso, o litro da gasolina passou a ser negociado ao preço médio de R$ 2,53.

O aumento dos combustíveis no mercado internacional reflete a recuperação do preço do barril de petróleo, em meio à retomada da demanda com o avanço da vacinação para conter a pandemia. Na semana passada, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que a empresa ainda está avaliando se a alta recente do petróleo será uma tendência, antes de decidir por um eventual reajuste nos combustíveis.

Fonte: Valor Econômico