Governo vai reduzir mistura de biodiesel para maio e junho
sexta, 09 de abril 2021
A mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil será reduzida dos 13% previstos para este ano na comercialização para atendimento ao mercado nos meses de maio e junho.
O novo percentual ainda é discutido na noite desta quinta (8) no governo e ocorre após o Ministério de Minas e Energia suspender a realização do 79º Leilão de Biodiesel (L79).
O certame, que é realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está suspenso desde terça (6).
O mercado de distribuição e revenda defende a redução para o B10. A pressão começou no mês passado, quando Confederação Nacional do Transporte (CNT) colocou em pauta a redução para 8% (B8).
Produtores de biodiesel tentam evitar o B10, mas abriram uma negociação por 12% (B12).
Os produtores também propõem a retomada do leilão na Etapa 2, anterior a interrupção.
No início de março, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu pessoalmente a parlamentares a manutenção da mistura B13 (13% de biodiesel), após a manifestações da CNT.
“Não vamos cometer nenhum equívoco nesse momento de retomada econômica”, afirmou o ministro à época.
O contexto foi a escalada do preços do diesel B, comercializado aos consumidores finais, resultado da alta do dólar e dos preços do óleo, internalizados pela Petrobras.
Procurado, por meio de sua assessoria, o MME não respondeu aos questionamentos da epbr. O espaço está aberto a manifestações.
Leilão foi interrompido em etapa para pequenos produtores
Embora a oferta para o L79 tenha sido a maior desde o início dos leilões bimestrais, com os produtores colocando mais de 1,5 bilhão de litros a venda, os preços também registraram recordes, superando R$ 7 por litro.
Representantes da indústria de biodiesel avaliam que um dos motivos do aumento de preços foi a variação da cotação das principais matérias primas utilizadas na fabricação de biodiesel – óleos vegetais, gorduras animais e reagentes – nos mercados brasileiro e internacional.
O setor calcula que, caso seja confirmada o B10, a demanda do leilão deve ter uma queda de cerca de 250 a 300 milhões de litros do biocombustível, com um efeito cascata em toda a cadeia produtiva, já que os produtores fazem aquisição de matéria-prima e contratos com a agricultura familiar antecipadamente.
A mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil será reduzida dos 13% previstos para este ano na comercialização para atendimento ao mercado nos meses de maio e junho.
O novo percentual ainda é discutido na noite desta quinta (8) no governo e ocorre após o Ministério de Minas e Energia suspender a realização do 79º Leilão de Biodiesel (L79).
O certame, que é realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), está suspenso desde terça (6).
O mercado de distribuição e revenda defende a redução para o B10. A pressão começou no mês passado, quando Confederação Nacional do Transporte (CNT) colocou em pauta a redução para 8% (B8).
Produtores de biodiesel tentam evitar o B10, mas abriram uma negociação por 12% (B12).
Os produtores também propõem a retomada do leilão na Etapa 2, anterior a interrupção.
No início de março, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu pessoalmente a parlamentares a manutenção da mistura B13 (13% de biodiesel), após a manifestações da CNT.
“Não vamos cometer nenhum equívoco nesse momento de retomada econômica”, afirmou o ministro à época.
O contexto foi a escalada do preços do diesel B, comercializado aos consumidores finais, resultado da alta do dólar e dos preços do óleo, internalizados pela Petrobras.
Procurado, por meio de sua assessoria, o MME não respondeu aos questionamentos da epbr. O espaço está aberto a manifestações.
Leilão foi interrompido em etapa para pequenos produtores
Embora a oferta para o L79 tenha sido a maior desde o início dos leilões bimestrais, com os produtores colocando mais de 1,5 bilhão de litros a venda, os preços também registraram recordes, superando R$ 7 por litro.
Representantes da indústria de biodiesel avaliam que um dos motivos do aumento de preços foi a variação da cotação das principais matérias primas utilizadas na fabricação de biodiesel – óleos vegetais, gorduras animais e reagentes – nos mercados brasileiro e internacional.
O setor calcula que, caso seja confirmada o B10, a demanda do leilão deve ter uma queda de cerca de 250 a 300 milhões de litros do biocombustível, com um efeito cascata em toda a cadeia produtiva, já que os produtores fazem aquisição de matéria-prima e contratos com a agricultura familiar antecipadamente.