Com a disparada da gasolina e etanol, GNV mantém competitividade
segunda, 09 de agosto 2021
A disparada dos preços dos combustíveis tem penalizado os consumidores e prejudicado os trabalhadores que atuam como motoristas de aplicativo e entregadores. As categorias já sofriam com o aumento da concorrência, as restrições de circulação durante a pandemia de Covid-19 e a baixa remuneração das corridas. Agora, as margens de lucro estão ainda mais baixas com o aumento de gastos para rodar.
Diante deste cenário, muitos motoristas têm buscado oficinas de instalação do kit-gás para tentar fugir dos aumentos da gasolina e do etanol, que de agosto de 2020 a julho de 2021 acumularam altas de 40% e 56,5%, respectivamente. Apesar disso, o próprio metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV) não ficou imune aos reajustes e registrou elevação de 27% no mesmo período, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar disso, o combustível continua competitivo pelo rendimento e pelo desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), no Rio.
Embora não haja dados oficiais, oficinas registraram alta de até 15% na procura por orçamentos de instalação. Além de o preço na bomba ser menor, o veículo movido a GNV alcança desempenho por quilômetro rodado. O rendimento é 20% maior em relação à gasolina e 50% superior em comparação com o etanol, segundo a Abegás.
— Apesar dos últimos aumentos, o GNV não deixou de ser competitivo frente a gasolina e etanol, considerando o rendimento médio de cada combustível. Para cada um real gasto com GNV, o motorista vai conseguir rodar mais do que o dobro que rodaria com gasolina ou etanol — diz Celso Mattos, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio (Sindirepa) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).
Para especialistas, se endividar para fazer a instalação não compensa a economia:
— Não duvido que o valor da gasolina possa encostar em R$ 7 ainda em 2021. O preço do GNV é menos sujeito a estas oscilações. Mas não tenho certeza se compensa no longo prazo — avalia o economista André Braz, do Ibre-FGV.
Fonte: Extra
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A disparada dos preços dos combustíveis tem penalizado os consumidores e prejudicado os trabalhadores que atuam como motoristas de aplicativo e entregadores. As categorias já sofriam com o aumento da concorrência, as restrições de circulação durante a pandemia de Covid-19 e a baixa remuneração das corridas. Agora, as margens de lucro estão ainda mais baixas com o aumento de gastos para rodar.
Diante deste cenário, muitos motoristas têm buscado oficinas de instalação do kit-gás para tentar fugir dos aumentos da gasolina e do etanol, que de agosto de 2020 a julho de 2021 acumularam altas de 40% e 56,5%, respectivamente. Apesar disso, o próprio metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV) não ficou imune aos reajustes e registrou elevação de 27% no mesmo período, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar disso, o combustível continua competitivo pelo rendimento e pelo desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), no Rio.
Embora não haja dados oficiais, oficinas registraram alta de até 15% na procura por orçamentos de instalação. Além de o preço na bomba ser menor, o veículo movido a GNV alcança desempenho por quilômetro rodado. O rendimento é 20% maior em relação à gasolina e 50% superior em comparação com o etanol, segundo a Abegás.
— Apesar dos últimos aumentos, o GNV não deixou de ser competitivo frente a gasolina e etanol, considerando o rendimento médio de cada combustível. Para cada um real gasto com GNV, o motorista vai conseguir rodar mais do que o dobro que rodaria com gasolina ou etanol — diz Celso Mattos, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio (Sindirepa) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).
Para especialistas, se endividar para fazer a instalação não compensa a economia:
— Não duvido que o valor da gasolina possa encostar em R$ 7 ainda em 2021. O preço do GNV é menos sujeito a estas oscilações. Mas não tenho certeza se compensa no longo prazo — avalia o economista André Braz, do Ibre-FGV.