Comercialização de combustíveis em 2020 teve queda de 5,97% na comparação com 2019 devido à pandemia
quarta, 07 de abril 2021
Em 2020, foram comercializados
131,76 bilhões de litros de combustíveis no Brasil, uma queda de 5,97% em
comparação com 2019, refletindo as medidas de isolamento em função da
pandemia de Covid-19. Os dados foram apresentados hoje (6/4) pela ANP no
Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2021 (Ano-base 2020),
realizado de forma virtual com transmissão pelo canal da ANP no YouTube.
Na abertura do evento, o
diretor da ANP Marcelo Castilho destacou as medidas tomadas pela ANP para
mitigar os desafios trazidos pela pandemia. “Diante do ritmo do consumo de
combustíveis vivenciado desde o início da crise sanitária, a ANP estruturou
ações no sentido de acompanhar diariamente a cadeia logística de suprimento de
combustíveis e a dinâmica operacional de distribuição, com intuito de
intensificar o monitoramento do mercado e garantir o abastecimento nacional de
combustíveis. É importante ressaltar que, apesar dos desafios impostos pela
crise, a ANP não deixou de atuar. Pelo contrário, se adaptou rapidamente, sendo
mantido o nível dos serviços prestados à sociedade brasileira”, afirmou.
A comercialização de óleo
diesel B (diesel com adição de biodiesel na proporção definida na legislação)
se manteve estável, com aumento 0,30%, totalizando 57,47 bilhões de
litros. Isso reflete a importância do óleo diesel B no transporte de
cargas no país e a relevância do modal rodoviário na matriz de transportes
nacional.
Foram comercializados 6,6
bilhões de biodiesel em 2020, um crescimento de 11,47% em relação a 2019,
devido ao aumento da mistura obrigatória ao óleo diesel – em março, o teor de
biodiesel no diesel aumentou de 12% para 13%, conforme estabelecido na
Resolução nº 16/2018 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O consumo de gasolina C (com
27% de etanol anidro, conforme legislação vigente) sofreu queda de 6,13%,
chegando a 35,82 bilhões de litros. Trata-se do mesmo percentual de redução da
gasolina A (pura) e do etanol anidro.
O etanol hidratado combustível
teve consumo de 19,26 bilhões de litros no ano, registrando diminuição de
14,58% na comparação com 2019. O etanol total (soma de anidro e hidratado) teve
redução de 11,93%, com 28,93 bilhões de litros consumidos.
A comercialização de GNV
diminuiu 17,70% em relação ao ano anterior, devido à queda de
circulação de táxis e veículos de aplicativos nos grandes centros.
Ainda segundo os dados
divulgados hoje pela ANP, as vendas de gás liquefeito de petróleo - GLP (gás de
cozinha) em 2020 cresceram 3,01% com relação ao ano anterior, somando 13,60
bilhões de litros. O aumento também pode ser explicado pela pandemia, uma
vez que, com a maior parte da população passando mais tempo em casa, houve
maior procura pelo produto.
Ainda como efeito da situação
de emergência sanitária, que reduziu a atividade de companhias aéreas, os
combustíveis de aviação também tiveram queda no consumo. A comercialização de
querosene de aviação (QAV), utilizado em aeronaves de grande porte, como as de
voos comerciais, teve redução de 49,20%, totalizando 3,55 bilhões de litros. Já
a gasolina de aviação (GAV), utilizada nas aeronaves de pequeno porte a pistão,
totalizou 39 milhões de litros, uma diminuição de 9,61%.
No óleo combustível, houve
acréscimo de 6,80%, somando 2,02 bilhões de litros, em função do aumento
das exportações brasileiras de commodities, pois a principal destinação desse
produto é o abastecimento de grandes embarcações utilizadas no transporte
desses produtos.
Com relação às importações
líquidas de combustíveis, houve redução para o diesel (-21,64%), gasolina
(-19,34%) e QAV (- 57,95%), também refletindo o menor consumo nacional
devido à pandemia. Por outro lado, aumentaram as importações liquidas de
GLP (+1,79%) devido ao aumento da demanda decorrente das medidas de isolamento
e mudanças de hábitos e padrões de consumo. O aumento das importações líquidas
de etanol (+ 259,38%), por sua vez, decorreu do deslocamento da produção de
etanol para outros fins, o que ensejou aumento nas importações desse produto.
Em 2020 houve um acréscimo no
número de distribuidores e de revendedores de combustíveis. O ano fechou com
239 distribuidores (contra 232 em 2019); com 41.673 postos de combustíveis
líquidos (eram 40.990 em 2019); e com 61.097 revendas de GLP (comparado com
59.885 em 2019).
Veja as apresentações
realizadas no Seminário: https://www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/agenda-eventos/seminario-de-avaliacao-do-mercado-de-combustiveis-2020-1
Veja a gravação do
evento: https://www.youtube.com/watch?v=Rogr4KB755U
Veja os painéis dinâmicos de
abastecimento da ANP: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/paineis-dinamicos-da-anp/paineis-dinamicos-do-abastecimento
Fonte: ANP
![Comercialização de combustíveis em 2020 teve queda de 5,97% na comparação com 2019 devido à pandemia Comercialização de combustíveis em 2020 teve queda de 5,97% na comparação com 2019 devido à pandemia](/images/noticias/37898606.jpeg)
Em 2020, foram comercializados
131,76 bilhões de litros de combustíveis no Brasil, uma queda de 5,97% em
comparação com 2019, refletindo as medidas de isolamento em função da
pandemia de Covid-19. Os dados foram apresentados hoje (6/4) pela ANP no
Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2021 (Ano-base 2020),
realizado de forma virtual com transmissão pelo canal da ANP no YouTube.
Na abertura do evento, o
diretor da ANP Marcelo Castilho destacou as medidas tomadas pela ANP para
mitigar os desafios trazidos pela pandemia. “Diante do ritmo do consumo de
combustíveis vivenciado desde o início da crise sanitária, a ANP estruturou
ações no sentido de acompanhar diariamente a cadeia logística de suprimento de
combustíveis e a dinâmica operacional de distribuição, com intuito de
intensificar o monitoramento do mercado e garantir o abastecimento nacional de
combustíveis. É importante ressaltar que, apesar dos desafios impostos pela
crise, a ANP não deixou de atuar. Pelo contrário, se adaptou rapidamente, sendo
mantido o nível dos serviços prestados à sociedade brasileira”, afirmou.
A comercialização de óleo
diesel B (diesel com adição de biodiesel na proporção definida na legislação)
se manteve estável, com aumento 0,30%, totalizando 57,47 bilhões de
litros. Isso reflete a importância do óleo diesel B no transporte de
cargas no país e a relevância do modal rodoviário na matriz de transportes
nacional.
Foram comercializados 6,6
bilhões de biodiesel em 2020, um crescimento de 11,47% em relação a 2019,
devido ao aumento da mistura obrigatória ao óleo diesel – em março, o teor de
biodiesel no diesel aumentou de 12% para 13%, conforme estabelecido na
Resolução nº 16/2018 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O consumo de gasolina C (com
27% de etanol anidro, conforme legislação vigente) sofreu queda de 6,13%,
chegando a 35,82 bilhões de litros. Trata-se do mesmo percentual de redução da
gasolina A (pura) e do etanol anidro.
O etanol hidratado combustível
teve consumo de 19,26 bilhões de litros no ano, registrando diminuição de
14,58% na comparação com 2019. O etanol total (soma de anidro e hidratado) teve
redução de 11,93%, com 28,93 bilhões de litros consumidos.
A comercialização de GNV
diminuiu 17,70% em relação ao ano anterior, devido à queda de
circulação de táxis e veículos de aplicativos nos grandes centros.
Ainda segundo os dados
divulgados hoje pela ANP, as vendas de gás liquefeito de petróleo - GLP (gás de
cozinha) em 2020 cresceram 3,01% com relação ao ano anterior, somando 13,60
bilhões de litros. O aumento também pode ser explicado pela pandemia, uma
vez que, com a maior parte da população passando mais tempo em casa, houve
maior procura pelo produto.
Ainda como efeito da situação
de emergência sanitária, que reduziu a atividade de companhias aéreas, os
combustíveis de aviação também tiveram queda no consumo. A comercialização de
querosene de aviação (QAV), utilizado em aeronaves de grande porte, como as de
voos comerciais, teve redução de 49,20%, totalizando 3,55 bilhões de litros. Já
a gasolina de aviação (GAV), utilizada nas aeronaves de pequeno porte a pistão,
totalizou 39 milhões de litros, uma diminuição de 9,61%.
No óleo combustível, houve
acréscimo de 6,80%, somando 2,02 bilhões de litros, em função do aumento
das exportações brasileiras de commodities, pois a principal destinação desse
produto é o abastecimento de grandes embarcações utilizadas no transporte
desses produtos.
Com relação às importações
líquidas de combustíveis, houve redução para o diesel (-21,64%), gasolina
(-19,34%) e QAV (- 57,95%), também refletindo o menor consumo nacional
devido à pandemia. Por outro lado, aumentaram as importações liquidas de
GLP (+1,79%) devido ao aumento da demanda decorrente das medidas de isolamento
e mudanças de hábitos e padrões de consumo. O aumento das importações líquidas
de etanol (+ 259,38%), por sua vez, decorreu do deslocamento da produção de
etanol para outros fins, o que ensejou aumento nas importações desse produto.
Em 2020 houve um acréscimo no
número de distribuidores e de revendedores de combustíveis. O ano fechou com
239 distribuidores (contra 232 em 2019); com 41.673 postos de combustíveis
líquidos (eram 40.990 em 2019); e com 61.097 revendas de GLP (comparado com
59.885 em 2019).
Veja as apresentações
realizadas no Seminário: https://www.gov.br/anp/pt-br/acesso-a-informacao/agenda-eventos/seminario-de-avaliacao-do-mercado-de-combustiveis-2020-1
Veja a gravação do
evento: https://www.youtube.com/watch?v=Rogr4KB755U
Veja os painéis dinâmicos de
abastecimento da ANP: https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/paineis-dinamicos-da-anp/paineis-dinamicos-do-abastecimento
Fonte: ANP