Imposto nos moldes da CPMF terá de ser debatido ‘mais cedo ou mais tarde’, diz Mourão

 terça, 14 de julho 2020

Imposto nos moldes da CPMF terá de ser debatido ‘mais cedo ou mais tarde’, diz Mourão

Embora ressalte a oposição do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (13) que a criação de um novo imposto sobre transação financeira vai precisar ser discutida “mais cedo ou mais tarde” e que ele se mostra favorável a esse debate.

“Eu acho que tem que ser discutido. O presidente é contra, está bom, ele não quer jogar esse assunto na mesa por causa da memória antiga da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Mas a gente sabe que nosso sistema tributário é um sistema complicado “, disse.

Mourão participou de uma transmissão ao vivo promovida pela Genial Investimentos.

Questionado especificamente sobre sua opinião a respeito de um novo imposto sobre transação financeira, o vice-presidente evitou se posicionar e apenas afirmou que há empresários e parlamentares que o procuram, manifestando aprovação em relação à ideia.

“Parece ser o grande Satã da reforma tributária, ninguém quer ouvir falar disso aí”, disse o vice-presidente

“Acho que tem que ser discutido. Eu já recebi deputado aqui que é favorável a imposto único, cobrado na entrada e na saída da conta de cada um de nós”, afirmou o Mourão, ressaltando que a discussão precisa ser feita “sem preconceitos” e no Congresso nacional.

“Mais cedo ou mais tarde, essa discussão vai ter que ser colocada na mesa”, completou.

Mourão disse que a discussão a respeito da reforma tributária terá início em breve, por conta do próprio interesse do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O vice-presidente afirma que a reforma é necessária, assim como outras, para combater os grandes males da economia brasileira, que seriam “a falta de equilíbrio fiscal e a baixa produtividade”.

Da parte do governo, Mourão afirmou que o texto da reforma administrativa está pronto e deve ser encaminhado ao legislativo após a retomada das sessões presenciais —encerradas por conta da pandemia do novo coronavírus.

Fonte: Folha de S. Paulo