Fator de utilização das refinarias atinge maior patamar desde o início da crise

 quarta, 20 de maio 2020

Fator de utilização das refinarias atinge maior patamar desde o início da crise

O fator de utilização das refinarias chegou a 71% no domingo (17), maior valor reportado desde meados de abril, quando o Ministério de Minas e Energia (MME) passou a divulgar o balanço semanal de monitoramento dos impactos da covid-19. Há cinco semanas, a carga processada nas unidades da Petrobras chegou a ocupar 52% da capacidade.

Informações publicadas nesta segunda (18) levam em consideração a operação da Petrobras, com exceção da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), no Polo de Guamaré, Rio Grande do Norte

Ainda de acordo com o MME, “não houve variações significativas na produção diária de petróleo” e os problemas de abastecimento de GLP-13 (gás de cozinha) foram superados, após a alta repentina na demanda a partir de março, que gerou escassez do produto em várias regiões do país.

Na sexta (15), a diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, afirmou que o consumo de combustível melhorou em maio. A demanda por diesel chegou a cair 50% em abril, e está 30% menor, em comparação o período pré-crise. Já o consumo de gasolina recuou até 65%, se recuperando para um patamar entre 40% e 45% menor. Dados compilados a partir de diferentes fontes indicam que a população está retomando a mobilidade nas cidades nas cidades brasileiras. No gráfico, tendências de mobilidade para locais de trabalho, a partir de coleta de dados da Google.

Nesta segunda (18), foram confirmados 13.140 novos casos, registrados por data de notificação. São 16.792 mortes confirmadas, com uma taxa de letalidade (mortes por casos confirmados) de 6,6%, um dos indícios de subnotificação da doença, por ser maior do que em outros países que testam mais a sua população. Dados do Ministério da Saúde.

Petrobras eleva preços do diesel pela 1º vez no ano

A Petrobras decidiu elevar os preços médios cobrados pelo diesel em 8% a partir desta terça (19), na primeira alta do ano, marcando uma correção frente à trajetória do mercado internacional, que registra forte valorização nas últimas semanas.

Os preços da gasolina, que tiveram a sequência de cortes interrompida mais cedo, ficam inalterados. Entre 7 e 14 de maio, a Petrobras reajustou a gasolina em +11,88% e +9,91%, na média, em seus pontos de entrega de todo o país.

Os preços praticados pela petroleira ainda acumulam uma desvalorização da ordem de 40% este ano e apresentam defasagem em relação ao combustível importado, segundo informações da agência Reuters.

Há mais de duas semanas, o mercado promove um rali de preços do petróleo, incentivado pela entrada em vigor e ampliação de cortes de produção e otimismo com a contenção da covid-19 em importantes mercados dos EUA e da Europa, além de focos de retomada na China – em especial, sinais de aumento da ocupação da refinarias e de importações.

Nesta segunda (18), cotações do petróleo saltaram para a máxima de dois meses, com futuros do Brent para entrega em julho fechado com alta de 7,1%, (US$ 34,81 por barril) e o WTI nos Estados Unidos, com valorização de 8,1% (R$ 31,82 dólares).

Fonte: EPBR