Crédito para salário atrai apenas 9 mil empresas
quinta, 30 de abril 2020
Lançado no fim de março pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das primeiras medidas para mitigar os efeitos econômicos da crise da pandemia de coronavírus, o financiamento para a folha de pagamento para pequenas e médias empresas apresentou baixo resultado em seu primeiro mês de vigência. Os empréstimos foram contratados por 9.454 empresas desde sua implementação, no início do mês. Segundo o Banco Central, 124.225 empregados foram contemplados pela medida.
A estimativa inicial era que o programa iria beneficiar 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do país e um total de 12,2 milhões de trabalhadores.
Os números registrados em abril foram contabilizados até o dia 27 do mês. Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, o financiamento terá efeito maior em maio, porque parte da folha de abril já tinha sido paga. Problemas para a implementação da linha também retardaram o efeito esperado inicialmente.
—Esperamos uma elevação bastante significativa em maio dessa operação — disse Souza ontem, durante apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF).
A linha de crédito é válida para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões e financiará dois meses da folha de pagamento. A empresa que adotar o programa não poderá demitir por esse período. A linha de crédito é de R$ 40 bilhões durante dois meses. Desse total, 85% (ou R$ 34 bilhões) serão subsidiados pelo Tesouro.
O subsídio era uma demanda dos bancos privados para criarem a linha. Até agora R$ 156,4 milhões foram disponibilizados.
Segundo Souza, alguns bancos só conseguiram implementar a linha plenamente no dia 20, o que contribuiu para o resultado.
O diretor ressalta, entretanto, que o objetivo do governo, do BC e do Conselho Monetário Nacional (CMN), que aprovou a medida, é conseguir atender o máximo de empresas.
—Vamos acompanhar e, se necessário, fazer os devidos acertos —disse.
Durante o lançamento, o BC informou que poderia, se entendesse ser conveniente, pedir explicações para os casos em que os bancos negarem a concessão da linha para clientes elegíveis.
Mesmo com boa parte dos recursos garantidos pelo Tesouro, a liberação do dinheiro depende da análise de crédito de cada banco.
Nessa linha, os parâmetros do empréstimo foram fixados pelo governo, deixando pouca margem de ajuste às instituições, o que prejudica os clientes considerados de alto risco.
Fonte: O Globo
Lançado no fim de março pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das primeiras medidas para mitigar os efeitos econômicos da crise da pandemia de coronavírus, o financiamento para a folha de pagamento para pequenas e médias empresas apresentou baixo resultado em seu primeiro mês de vigência. Os empréstimos foram contratados por 9.454 empresas desde sua implementação, no início do mês. Segundo o Banco Central, 124.225 empregados foram contemplados pela medida.
A estimativa inicial era que o programa iria beneficiar 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do país e um total de 12,2 milhões de trabalhadores.
Os números registrados em abril foram contabilizados até o dia 27 do mês. Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, o financiamento terá efeito maior em maio, porque parte da folha de abril já tinha sido paga. Problemas para a implementação da linha também retardaram o efeito esperado inicialmente.
—Esperamos uma elevação bastante significativa em maio dessa operação — disse Souza ontem, durante apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF).
A linha de crédito é válida para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões e financiará dois meses da folha de pagamento. A empresa que adotar o programa não poderá demitir por esse período. A linha de crédito é de R$ 40 bilhões durante dois meses. Desse total, 85% (ou R$ 34 bilhões) serão subsidiados pelo Tesouro.
O subsídio era uma demanda dos bancos privados para criarem a linha. Até agora R$ 156,4 milhões foram disponibilizados.
Segundo Souza, alguns bancos só conseguiram implementar a linha plenamente no dia 20, o que contribuiu para o resultado.
O diretor ressalta, entretanto, que o objetivo do governo, do BC e do Conselho Monetário Nacional (CMN), que aprovou a medida, é conseguir atender o máximo de empresas.
—Vamos acompanhar e, se necessário, fazer os devidos acertos —disse.
Durante o lançamento, o BC informou que poderia, se entendesse ser conveniente, pedir explicações para os casos em que os bancos negarem a concessão da linha para clientes elegíveis.
Mesmo com boa parte dos recursos garantidos pelo Tesouro, a liberação do dinheiro depende da análise de crédito de cada banco.
Nessa linha, os parâmetros do empréstimo foram fixados pelo governo, deixando pouca margem de ajuste às instituições, o que prejudica os clientes considerados de alto risco.
Fonte: O Globo